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quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Resenha: As Vantagens de Ser Invisível

Por: Léo Lima                

                                    Olá leitores do Literama! Vou falar sobre um livro que eu gostei bastante e está na lista entre os melhores livros que já li. Quando fui procurar saber do livro, eu achei bem peculiar a forma como a sinopse foi tratada e isso me interessou bastante! Quando terminei de ler, fui assistir ao filme e achei a adaptação muito bem feita.

SINOPSE:

“As vantagens de ser invisível” fala sobre a vida de Charlie - um menino de 15 anos que é bastante diferente dos demais, não aparentemente, mas emocionalmente -. Ele tem uma visão solitária do mundo e está sempre escrevendo cartas para um amigo desconhecido descrevendo cada acontecimento de sua vida e é desta forma que a história é mostrada.

Existem diversos problemas aos quais ele tem que enfrentar: o suicídio de seu único amigo, dificuldades na escola, seu primeiro amor e suas crises existenciais. Em meio a isso, ele chega a conclusão de que deve deixar de ser um expectador em sua vida e começar a atuar na mesma.

Em um jogo de futebol, Charlie conhece Patrick e Sam e depois disso a rotina dele muda drasticamente. Com esses dois, ele vai aprender o que é amizade e como conviver com pessoas diferentes. Charlie nutre uma paixão secreta por Sam, e assim ele vai descobrindo o que é o amor.

Durante o livro, Charlie é atormentado pelos fantasmas de seu passado através de flashbacks. Pouco a pouco, ele vai se recordando das coisas que aconteceram para que o seu crescimento fosse tão perturbado. Desta forma, Charlie vai crescendo e aprendendo, levando-nos em sua jornada.

Bom pessoal, o livro nos mostra uma história magnífica e prefiro deixar vocês descobrirem como ela se desenrola. Desvende as lacunas que deixei abertas. Boa leitura!

CRÍTICA:

Stephen Chbosky está de parabéns! Conseguiu escrever um livro que te faz pensar sobre tudo: sua vida, o cotidiano e sobre quem você é. O perfil do protagonista é muito interessante, pois ele é em sua essência uma pessoa pura. Charlie tem uma personalidade peculiar que é resultante da mistura de altruísmo, inocência e inteligência. Talvez, sua maior qualidade seja sempre se manter fiel a seus valores e aos seus amigos. Que fique claro: Charlie não é santo - ele bebe, fala palavrões e até chega a fumar -. Mas o interessante é que ele faz essas coisas na inocência - só lendo para entender -.

Outra coisa bastante legal nesse livro é a forma na qual ele é estruturado! Todo o livro é feito de cartas – literalmente – e nelas, Charlie narra as coisas que aconteceram em sua vida.

Os personagens do livro, assim como Charlie, são muito singulares. Todos eles têm uma personalidade incomum e isso faz com que o leitor goste de todos eles. Patrick e Sam, especialmente, são muito carismáticos, você irá amá-los como se fossem de verdade.

A historia é bastante complexa e os mistérios apresentados vão sendo desvendados ao longo da história - o que é muito bacana -. Não é um livro que vem nutrindo mistérios para que no fim seja mostrado tudo de uma vez. Neste, as coisas vão simplesmente acontecendo e você embarca na história sem perceber. Em pouco tempo você estará devorando as páginas para saber o que vai acontecer e para descobrir como Charlie irá encarar os acontecimentos.

Dou uma nota 10, sem dúvidas! Não vi defeito algum, além de ser um dos livros que mais gostei de ler. Não costumo falar das adaptações de filme para livro, mas tenho uma coisa a dizer do filme: a escolha do elenco foi simplesmente perfeita - Emma Watson -. Os atores conseguem passar o que se espera da essência dos personagens. Recomendo ambos: livro e filme. 

Deixem nos comentários o que acharam do livro! Digam se já leram o livro e assistiram o filme, ou se fizeram apenas uma das duas coisas! Comentem o que acharam dos dois. Abraços!
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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Resenha: A Seleção

Por: Léo Lima

                     Olá leitores do Literama! O livro da vez será A Seleção, uma amiga o recomendou e não hesitei em confiar em sua recomendação. Quando li o verso do livro me interessei bastante na história, pois mostra de forma sucinta sobre do que o livro se trata. Como esperado, eu gostei tanto do livro que o li em apenas um dia, de tão curioso que fiquei. Espero que gostem tanto quando eu gostei.

SINOPSE:

A Seleção se passa em um futuro alternativo, pós Terceira e Quarta Guerra Mundial. Do que restou dos Estados Unidos, foi formada uma nova nação, o reino de Illéa. Neste, há um sistema de castas que varia do Um ao Oito, quando mais baixo o número, mais pobre você é. A Seleção é uma tradição de Illéa, que consiste em determinar quem será a próxima rainha. Assim, uma carta é enviada para todo o reino, e nela tem a seguinte mensagem:

“Nosso amado príncipe, Maxon Schreave atinge a maioridade este mês. Para adentrar esta nova fase de sua vida, ele deseja ter uma companheira a seu lado, uma verdadeira filha de Illéa. Se sua filha, irmã ou protegida elegível estiver interessada na possibilidade de tornar-se a noiva do príncipe Maxon e a adorada princesa de Illéa, por favor, preencha o formulário anexo e entregue-o no Departamento de Serviços Provinciais da sua localidade. Uma jovem de cada província será escolhida aleatoriamente para encontrar-se com o príncipe. As participantes serão hospedadas no agradável palácio de Illéa, em Angeles, enquanto durar sua estada. A família de cada participante será recompensada generosamente por seu serviço à família real.”

Desta forma, a história se inicia com America Singer recebendo a carta e discutindo com sua mãe, já que ela quer que a filha participe da seleção. America, por sua vez, está perdidamente apaixonada por Aspen – seu namorado secreto. Não assumiram o romance pelo fato dele pertencer a casta Seis – e ela não queria deixá-lo para participar da seleção.

Ironicamente, Aspen acaba a convencendo a participar, alegando que ela merece uma chance de ter uma vida melhor. Somando isto mais o fato de que sua família realmente estava precisando de dinheiro, ela acabando decidindo participar. Finalmente, duas semanas depois, chegara o dia em que no Jornal Oficial de Illéa seriam anunciadas as 35 jovens escolhidas para a Seleção. A família de America aguardava enquanto vários nomes eram citados na televisão, até que no quarto nome, Gavril – apresentador do jornal – anuncia: “Senhorita America Singer, de Carolina, Cinco.”

Os dias seguintes foram agitados, uma equipe foi enviada a sua casa para que lhe fossem explicadas as regras, que consistiam em dar entrevistas, aparecer no jornal todas às sextas-feiras, entre outras. Antes de partir, Meri – como Aspen a chamava - tem uma conversa com Aspen e acabam rompendo o romance escondido. America já estava de saco cheio de tudo isso, e já odiava o príncipe antes mesmo de conhecê-lo. Decidida a partir apenas para conseguir os benefícios, ela está decidida a aguentar no palácio o tempo que puder.

Chegando ao aeroporto, foi dito que ela partiria dali com mais três selecionadas. Ela foi a primeira a chegar, seguida de Marlee – uma Quatro bastante amigável e sincera - e Ashley – uma Três, loira, bastante graciosa e a favorita de muitos -, ambas foram receptivas, o que tranquilizou America. Quando Celeste chegou – uma intimidadora Dois -, foi antipática ao extremo e estava decidida a vencer não importa quais métodos tivesse que utilizar.

Finalmente chegam ao castelo e lhes é explicado que no dia seguinte, todas elas iriam falar com o príncipe individualmente, e que até lá, nada de tentar encontrar-se com Maxon às escondidas. Porém, à noite, por obra do acaso America acaba encontrando-se com o príncipe e descobre que, afinal, ele não é tão superficial assim.

Queria poder falar muito mais, mas não é do meu feitio ficar espalhando spoiler na sinopse, e acho que até dei alguns, mas nada de tão surpreendente. Espero que admirem esta obra da Kiera Cass tanto quanto eu, pode parecer uma historinha boba, mas ela envolve muitos fatores o que torna tudo mais interessante. Boa leitura!

CRÍTICA:

Bom, se você gosta de Jogos Vorazes, com certeza irá gostar de A Seleção, as histórias possuem algumas semelhanças.

Admito que no início eu achei a história bastante superficial, achei que seria algo muito bobo, é claro que me enganei. Kiera Cass está de parabéns, conseguiu criar um paradoxo entre algo novo e antigo, já que o livro se passa num futuro, e o que era os Estados Unidos hoje em dia, agora é Illéa, com um sistema monárquico. Ao longo dos livros, vem sendo explicado cada vez mais sobre a criação de Illéa.

Outro fator bastante legal do livro é que a “mocinha” já está apaixonada por outro cara, e basicamente odeia o príncipe. Mas conforme a história se passa, Maxon vai conseguindo conquistá-la aos poucos. Quando America se dá conta, o elo que cria com o príncipe já é tão grande que ela passa a gostar dele o suficiente para querer ficar.

Bom, como toda boa história precisa de um pouco de ação, é claro que esta não seria diferente. Kiera traz neste livro um fator que resolve este problema: os rebeldes. Estes, são divididos entre sulistas – um grupo letal que não costuma se rebelar tanto, mas quando o faz, pessoas morrem -  e nortistas – atacam com muito mais frequência, mas quase nunca conseguem invadir -. Durante a seleção, a propriedade é atacada algumas vezes, as selecionadas têm proteção, mas algumas preferem não correr o risco e acabam por desistir.

Durante o início da história, eu queria muito que America ficasse com Aspen, já que se amavam há tanto tempo. Mas à medida que é mostrado a forma como Maxon se importa com ela, eu já começo a torcer para que fiquem juntos. Ele sempre faz tudo o que pode para vê-la feliz e confia tanto nela que chega até a contar seus segredos mais obscuros.

A história de amor dessa trilogia se tornou uma de minhas preferidas, é tão honesta a forma de amar de Maxon que torna tudo mais bonito. Foi muito bom ler esta trilogia.

Ainda falando da trilogia como um todo, quando soube que os três livros seriam apenas sobre a seleção do início ao fim eu pensei: Como diabos essa seleção vai durar três livros?  Afinal, ao fim do livro, após um grande ataque rebelde, Maxon decide reduzir o tempo da seleção e avançar para a próxima etapa: A Elite. Quem fosse eliminada a partir de agora, sairia de lá automaticamente como uma Três. Desta forma, 29 garotas foram mandadas para casa só no primeiro livro, logo pensei: “Definitivamente não tem como dois livros falarem apenas sobre essa seleção, só tem seis garotas!”, mas de alguma forma a Kiera conseguiu, hehe.

A nota que dou para este livro é um merecido nove. O livro só pecou um pouco na forma com que Meri fazia o Maxon de bestanão consegui encontrar outra expressão -, meio que um efeito ioiô. Fora isto, achei muito bacana a narração do livro, sendo ela de primeira pessoa, e Meri simplesmente age de forma tão natural com uma linguagem tão sucinta que a leitura se torna bastante espontânea.

Em breve falarei sobre A Elite e A Escolha e assim você saberá como ocorreu o restante desta história fabulosa. Fiquem de olho.
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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Resenha: Sete Ossos e Uma Maldição - Parte Dois.

Por: Léo Lima

               Olá leitores do Literama! Continuando o especial de Halloween e conforme foi prometido, aqui vai a 2ª parte da resenha do livro “Sete Ossos e uma Maldição”. A 1ª parte foi publicada mais cedo, você pode lê-la clicando aqui.

SINOPSE:

Em sequência, têm-se o sexto conto, chamado “Sete ossos e uma maldição”. Clara estava tendo pesadelos, onde sonhava com uma mulher sussurrando “Meus ossos” e isso a estava assustando muito. Sua família era espírita, e ela logo pediu ajuda a seus pais e sua tia. Na sessão espírita, uma velha incorporou sua tia e ordenou a destruição do quarto para que a casa pudesse ser purificada.

Clara ganhara um quarto novo, e uma coleção de seis bonecas. Quando foi arrumá-las, notou que havia mais uma caixa, e nela havia mais uma boneca, maior e mais bonita que todas as outras. Decidiu chamá-la de Muriel. Depois disso, seus pesadelos cessaram, mas ela sempre acordava durante a noite ouvindo o som de uma gargalhada de mulher, e pela manhã, uma de suas bonecas sempre aparecia maltratada.

Ela novamente recorre a seus pais, e o conto vai se direcionando para o fim quando uma mulher com sotaque espanhol incorpora sua tia e alega que Clara está possuída.

O sétimo conto é “O fruto da figueira velha”. Denise é uma recém-casada que estava à procura de um imóvel, e quando descobriu que uma casa enorme, com um grande terreno estava à venda por um preço baixíssimo, não pensou duas vezes ao comprá-la com seu marido. O motivo do baixo preço seria o fato de a casa ser mal assombrada, mas, segundo Denise, não tinha nada que 10 baldes de tinta não resolvam.

Um ano se passa, e a casa está irreconhecível e esbelta, a única coisa que ela manteve foi a grande figueira. Na primeira noite, ela fez um jantar em seu jardim e quando foram comer a sobremesa, não conseguiram o comer o pudim de tão ruim que estava – nenhum dos dois sabia cozinhar -, então Denise notou que a figueira estava cheia de frutos, alegando que seria a sobremesa perfeita, ela pega um figo e o divide com o marido.

Após este dia, coisas começam a acontecer e Denise passa a começar a acreditar no sobrenatural. É chegado um momento em que ela deve fazer uma terrível escolha e, desta forma, o conto vai se encaminhando para o fim.

“A procissão” é o título do oitavo conto. Ele se inicia mostrando um grupo de quatro amigos – Marita, Tomé, Carlos e Adriano – que estavam andando numa rua deserta, até que Adriano olha ao longe uma procissão de mulheres passando. Elas andavam lentamente e tinha um véu negro sobre suas cabeças. Algo maligno emanava dali. Questionando os amigos ele se dá conta que apenas ele está vendo àquilo.

O que mais o estranhou foi ter visto Marita junto com sua mãe e vó no meio da procissão, mas não conseguiu contar isso a ela. Assim, ele fica intrigado e vai à casa de Marita por respostas, já que a sua vó vem de um lugar onde bruxaria é algo comum, e quando descobre a verdade sobre a família, já é tarde demais.

O penúltimo conto chama-se “Morte na estrada” e relata sobre uma família que sofreu uma experiência um tanto estranha. Ela consiste no seguinte: Uma mulher aparece na estrada pedindo socorro, alegando que sofreu um acidente e que seus três filhos estão dentro do carro, ainda vivos. Quando a família chega ao local, de fato há três crianças vivas, porém a mulher que pedira ajuda está ao volante, morta.

Três anos se passam, e Tico deixa de ter pesadelos sobre o que aconteceu, mas quando ele encontra Dolores perto de sua casa, tudo muda e ele caminha em direção a uma armadilha.

O último conto, por sua vez, é “O elevador”. Nele mostra pai e filho indo se mudar para um prédio vagabundo que cheirava muito mal. Como se isso não bastasse, havia um elevador que rangia muito quando era utilizado. Quando ele foi dormir, começou a ouvir muito barulho, vindo do elevador.

Ele passa a ficar intrigado e decide investigar a situação. À medida que ele prossegue sua investigação, ele descobre coisas que o fazia se arrepender de ter começado tudo isso.

CRÍTICA:

Esses últimos cinco contos eu admito que não gostei muito, os finais ou ficaram muito vagos ou ficavam meio: WTF? Bom, cada um com seu gosto, irei fazer uma breve crítica destes últimos contos – again -.

Conto 6 – Sete ossos e uma maldição

Cria-se muita expectativa por este conto, já que é o título do livro, mas admito que o final deste ficou bastante vago. Não sei se me faltou imaginação ou capacidade de dedução, mas achei que poderia ter sido mais especificado certas coisas, para que o final ficasse mais coerente. Gostei bastante do enredo e até fiquei com um pouco de medo enquanto estava lendo, se o desfecho tivesse sido melhor, seria o melhor conto do livro, sem dúvida.

Conto 7 – O fruto da figueira velha

Tanto a história quanto o desfecho deste conto são excepcionais. Eu só não gostei muito da “força maligna” do conto, ficou muito fantasioso. Mas fora isto, eu adorei a forma que Denise negligenciava o sobrenatural, pois é uma coisa que muito adulto faz, por isso achei bastante realista.

Conto 8 – A procissão

Acho que esse foi o conto que mais me deu medo. Foi muito sinistro a aparição que Adriano teve, e mostrando ainda sua amiga com mãe e vó, te faz imaginar o que seria tudo aquilo, uma vez que as três estavam vivas. Quando ele começa a descobrir a verdade sobre a família dela, o conto vai se concluindo, eu só achei que o final ficou sem fundamento, mais uma vez me pergunto: será que minha capacidade dedutiva está falhando ou o final deixou a desejar?

Conto 9 – Morte na Estrada

Esse conto me deixou bastante confuso. Uma lenda urbana pairava pela cidade e todos tinham conhecimento dela, mas quando a exata situação passa a ocorrer com a família de Tico eles simplesmente não relacionam a situação com a lenda e seguem o mesmo roteiro esperado. Isso não teve lógica. E o final, quando Dolores manda ele segui-la, ele simplesmente obedece! Quem diabos seguiria uma menina até os limites da cidade por pura curiosidade?

Conto 10 – O elevador

Esse conto foi bem estruturado, mas eu esperava mais do final. Gostei muito do enredo, das situações em que ele se meteu para desvendar o mistério, mas eu esperava algo mais trágico. Fora isto, achei bastante legal a situação que foi mostrada, faz o leitor ficar imaginando o porquê das coisas, se vocês pararem pra pensar – da mesma forma que eu fiz -, conseguirão compreender o que realmente causou tudo.
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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Resenha: Sete Ossos e uma Maldição - Parte Um.

Por: Léo Lima

             Olá leitores do Literama! Em homenagem ao Halloween, o livro da vez será um pouco assustador. Li ele há sete anos, mais ou menos, na época que estudei em colégio militar – sim gente, ele estudou (Alysson falando) - e achei a capa meio assustadora na biblioteca de lá. Inicialmente, achei que o livro seguiria uma linha de raciocínio, mas, na verdade, o livro mostra 10 contos distintos, mas que podem deixar você meio desconfiado na hora de dormir, hehe.

Irei dividir as resenhas em duas partes, já que optei por falar do livro como um todo e sobre cada um dos contos. Espero que gostem!

SINOPSE:

O primeiro conto chama-se “Crianças à venda. Tratar aqui.”. Ele fala sobre Marialva, uma mulher de vida miserável e que tinha nove filhos. Depois de quatro terem morrido de doença ou de fome, ela decide colocar seus filhos à venda, para que eles possam ter uma vida melhor do que ela teve.

O primeiro filho a partir foi Tião, levado por uma família americana, cerca de um mês depois, foi mandada para a família uma foto mostrando ele com brinquedos novos e com uma expressão feliz, e Marialva concluiu que fez a coisa certa. A segunda foi Francineide e em seguida Ronivon.

O seguinte seria Fabiojunio, uma família de Cruz Alta já havia fechado negócio e estava para chegar e ir buscar o menino. Quando o casal chegou, Simara – a irmã mais velha – achou o casal um tanto esquisito, mas ao questionar isso para a mãe, ela dá de ombros e alega que ricos são todos esquisitos.

A cada mês era enviada uma foto de Fabiojunio para a família acompanhada com uma boa quantia em dinheiro, Simara sempre achava a expressão do irmão cada vez mais estranha e triste, mas sua mãe já mal olhava para as fotos, sempre de olho na quantia em dinheiro que vinha junto.

“A última foto era ainda mais impressionante. Solitário, sentado à cabeceira de uma mesa imensa, de madeira escura e polida, Fabiojunio não olhava para a baixela de prata à sua frente, nem para a louça filetada de ouro, nem para os talheres de cabo de madrepérola. Seu olhar tampouco se dirigia para o fotógrafo. Parecia fixar-se num ponto impossível, distante, muito além da realidade.”

Intrigada, ela recorreu ao padre e pediu sua lente de aumento, para que pudesse investigar minuciosamente a foto do irmão. O resultado a surpreende e ela se vê necessitada a ir onde o irmão está para salva-lo deste casal. O fim deste conto acaba sendo bem curioso, pois o fim deixa um diálogo solto, fazendo o leitor imaginar o que realmente aconteceu.

O segundo conto chama-se “Devolva minha aliança”. Pedro e Antônio, dois amigos de infância, costumavam brincar no cemitério ali perto, apenas durante o dia. Mas à medida que eles cresciam, a curiosidade de experimentar coisas novas se sobrepunha ao medo e decidiram se aventurar por ali durante a noite.

Certo dia, Antônio tropeçou numa cruz e caiu no chão, Pedro tentou agarrar o amigo pelo tornozelo, e rapidamente levou um coice do amigo, que estava apavorado. Correram dali e só ao chegar à rua, puderam compreender o que tinha de fato acontecido. Porém, a partir deste dia, Antônio ficou convencido de que se fosse um defunto de verdade, ele teria desferido um coice em seu rosto, e foi isso que ele saiu espalhando por aí.

Pedro já estava ficando de saco cheio e desafiou seu amigo a ir buscar a aliança da noiva que havia sido enterrada mais cedo. Dessa vez ele teria plateia à sua espera na porta do cemitério, e não podia recusar, mesmo estando com muito medo.

Conseguiu pegar a aliança, mas antes de chegar à porta do cemitério ela desapareceu. Depois disto, certas coisas começaram a acontecer com Antônio, e o final desta vez é bem conclusivo.

“Os três cachorros do senhor Heitor, é o nome do terceiro conto. Inicialmente é mostrada a notícia de que Zé Luiz – um garoto de dez anos que vivia na pequena cidade de Bambuzal - morreu. Aparentemente, não haviam marcas de violência em seu corpo, apenas uma expressão de puro medo em sua face. Quem a via podia jurar que ele morreu de susto. Até que reparam que havia marcas de mordidas nos braços e em seu pescoço.

Feita a autópsia, descobre-se que a causa da morte foi ataque cardíaco, provocada por uma fortíssima emoção e que as marcas de mordidas foram muito superficiais para chegar a feri-lo.

Desta forma, Marcelo – amigo de Zé Luiz – fica muito curioso e decide investigar quem matou o garoto – porque disso ele tinha certeza, havia um assassino -.

Caminhando pela cidade ele nota que a casa de dona Zezé estava com luzes acesas, o que era muito curioso já que ela já havia morrido, e, como todos achavam que sua casa era mal assombrada, ninguém ousaria comprar o imóvel. Mas isso era o que bastava! Ele tinha certeza que o motivo da morte de seu amigo estava relacionado a isto.

Assim, ele começa sua investigação à procura de respostas com apenas uma certeza em mente: o culpado era o atual morador daquela residência.

Em sequência, tem-se o quarto conto chamado “Dentes tão brancos. Nele, conta que Andréia havia ido para uma festa de sua amiga Mariana. Era uma festa à fantasia com o tema “Morte”. Assim, os convidados pensavam numa forma de passar dessa pra melhor e arranjar uma fantasia que combinasse com isto.

Chegando lá muito cedo, ela vai para o jardim passar o tempo e acaba conhecendo um violinista de beleza estonteante. Cabelos longos e ruivos, pele pálida, olhos violeta, alto e magro, foram suficientes para “seduzir” Andréia, e ela rapidamente se apaixonara pelo rapaz após um pequeno diálogo.

Prometendo a ela que ficarão juntos, manda-a esperar por ele atrás de uma árvore e, à meia noite, ele irá lá buscá-la. O resultado deste encontro mostra a verdadeira natureza do rapaz e conduz o conto para seu fim.

Logo em seguida, o quinto conto, “O chapéu de guizos”. Conta-se que um garoto de treze anos ouvia vozes desde sempre. Isso nunca o assustou, nem mesmo quando era criança, mas agora, aos 13 anos, estava apavorado com a voz do chinês.
Mexendo nas quinquilharias de sua avó, ele encontra enrolado num pano uma imagem de louça de um chinês. Lembrava muito o senhor Chan, o velho quitandeiro que vendia verduras a sua vó. Misteriosamente, ele havia sido assassinado anos atrás. Além desta semelhança, nada mais o chamou atenção, com exceção de seu chapéu de guizos.

Depois disto, ele decidiu esconder a imagem de louça consigo, quando ele foi dormir a voz pediu para que ele o colocasse embaixo de seu travesseiro. Mas por curiosidade do que por vontade, ele obedece à voz. Ao acordar, não nota nada de diferente consigo mesmo e segue sua rotina.

Coisas acontecem durante este dia, e chegando ao seu término ele entende o porquê do pedido do chinês e quando as peças se encaixam, já é tarde demais.

CRÍTICA:

Bom, primeiramente falarei sobre o que achei do livro em si e depois sobre os contos abordados até o momento. O livro mostra contos de suspense, fantasia e terror, porém não é nada apelativo. A linguagem usada por Rosa é bem direta e envolvente, começa contando suas histórias de forma inocente e sem tanta expectativa e quando você se dá conta está louco para saber o que irá acontecer!

Seus contos têm início, meio e fim, são bem estruturados, e o leitor deve sempre ler os finais atentamente, pois com ele você consegue deduzir bastante coisa – tipo: “O que ele/ela era?”, “Por que faziam isso?”, “Quem fez isto?”, coisas deste gênero -. Achei isto muito bacana, pois, mesmo com pouco texto, você consegue abranger a história de acordo com sua capacidade de dedução.

Outro ponto positivo é que a narrativa te mostra coisas que você faria naquela mesma situação, aposto que assistindo algo de terror você imagina: “Por que diabos ele iria fazer isso?”, hehe.

Um detalhe que gostaria de mencionar é que o livro é nacional. Bom, eu tenho um pouco de receio de ler livros nacionais e não gostar muito, já que os gêneros de livros que gosto são bem raros de serem escritos no Brasil, mas este livro me agradou bastante!

Existem alguns contos que não gostei muito, mas acho que isto vai do gosto de cada um, irei falar agora um pouquinho sobre o que achei deles individualmente:

Conto 1 – Crianças à venda. Tratar aqui.

Achei que a personalidade de dona Marialva se mostrou bastante duvidosa, uma vez que a quantia de dinheiro recebida a fazia prestar pouca atenção às fotos de seu filho. Não gostei disto ter acontecido, pois o início do conto te faz pensar que ela agia de boa fé – e realmente agia – então não achei necessário fazê-la ficar tão interesseira! Mas fora isto o conto foi bastante legal e criativo, e te deixa morrendo de pena de Simara :/       

Conto 2 – Devolva minha aliança

Achei este conto bastante interessante, pois conta sobre algo que muita criança já teve vontade de fazer ao menos eu já tive ._. -. Achei o enredo dele bastante envolvente e te faz criar bastante expectativa quanto ao que está por vir, e isso te impede de gostar do final! Simplesmente não aceito um fim tão fraco pra uma história tão boa, mas foi conclusivo e é o que importa...

Conto 3 – Os três cachorros do senhor Heitor

Este conto foi muito interessante no fator: “Adivinhe como Zé Luiz morreu”. Quando você lê a primeira página, você acha que ele morre por um motivo bastante óbvio, mas quando a história começa a se desenrolar, já é certo quem o matou e só resta o fator: “Por quê? Como?”, e isto é o bacana do conto, ele te faz criar teorias. O final fica em aberto para o leitor tentar adivinhar o que acontecerá, sério, gostei muito da forma como o conto foi passado!

Conto 4 – Dentes tão brancos

Confesso que este conto foi muito ridículo – em minha opinião. Sério, que tipo de garota se apaixona por um cara que acaba de conhecer? E ainda mais, o obedece quando ele a manda não falar com ninguém e apenas esperar por ele atrás da árvore! Claro que tem coisas legais que aconteceram, o final, por exemplo. Foi muito bacana como a história foi concluída, só achei que a autora pecou neste aspecto.

Conto 5 – O chapéu de guizos

Sem dúvidas foi o meu preferido dentre estes cinco primeiros contos. O conto é bem curto e direto, não explica muito o porquê de tais coisas aconteceram, elas simplesmente acontecem, e no final, o último parágrafo com apenas duas frases consegue explicar muita coisa e é aí que entra o fator dedução.
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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Resenha: Água para Elefantes

Por: Leó Lima

                     Olá leitores do Literama! Dessa vez vou falar sobre um livro que, inicialmente, me deixou curioso através do título. Quando o encontrei na livraria, fui ler seu verso e notei que tinha bastante informação, o que é bom e ruim. Às vezes tem spoiler, e isso dá muita raiva. Enfim, a sinopse me convenceu e não pensei duas vezes em comprar o livro, foi sem dúvida, uma de minhas melhores compras.

Resultado de imagem para water to elephantsSINOPSE:

            Água para elefantes fala sobre Jacob Jankowski durante sua juventude e velhice. Aos 23 anos, ele está se formando em medicina veterinária, mas durante suas provas finais, recebe a trágica notícia de que seus             pais morreram num trágico acidente. Sem dinheiro e sem ter para onde ir, desiste da faculdade e vaga sem rumo pela cidade de Ithaca.

            Chegando nos limites da cidade, se vê seguindo a linha do trem, e quando nota que um trem está passando, ele não hesita e acaba pulando num trem em movimento. A princípio, não sabe onde se meteu até que Camel – um velho funcionário – explica que ele está ao bordo do trem do Circo dos Irmãos Benzini – O Maior Espetáculo Da Terra.

Ele é levado para encontrar-se com Tio Al – um homem arrogante que, em hipótese alguma, deve-se mencionar o nome “circo dos irmãos Rigling” na sua frente, e também é diretor do circo – e Camel conta o que aconteceu. Tudo indicava que o rapaz seria enxotado do trem, mas quando descobre que ele “se formou” em veterinária, alegando que os Rigling têm um, logo passa a tratá-lo melhor e o convida para ser o veterinário do circo.

Desta forma, trabalhando como um “faz tudo” e também como veterinário do circo, Jacob acaba conhecendo Marlena, a atração principal do circo. Vestida de roupa com lantejoulas cor-de-rosa, ela o encanta com seu número com os cavalos, mas logo descobre que ela é casada com August – homem de personalidade duvidosa, ou como gosto de chamar, bipolar, e diretor do departamento de animais -. Desta forma, ele mantém seus sentimentos em segredo.

Passado um tempo, o circo estava passando por tempos de crise e Tio Al decide apostar todas as fichas na elefanta que comprou de um circo falido, Rosie. Alegando que ela seria a salvação do circo, ele encarrega Jacob de domar a elefanta e treiná-la para um número com Marlena.

Vale lembrar que, tudo o que é narrado no livro sobre o Jacob de 23 anos, são lembranças dele já idoso – “Tenho 90 anos. Ou 93. Uma coisa ou outra.” -. Desta forma, a história é passada mostrando como é sua vida no asilo em que vive e dele lembrando de sua juventude, quando trabalhou no circo, e mostrando como ele se apaixonou duas vezes: primeiro por Marlena, a bela estrela do número dos cavalos e esposa de August; e depois por Rosie, a elefanta aparentemente estúpida que deveria ser a salvação do circo. 
  
A história, na verdade, é bem complexa e pretendo deixar vocês descobrirem por si mesmos como ela se desenrola. Boa leitura!

CRÍTICA:

            Esse livro começa de uma forma bem interessante! Ele mostra o que vai acontecer já no fim, nas primeiras páginas do livro, e depois retorna ao início. Isto já é o suficiente para te matar de curiosidade para descobrir como as coisas chegaram em tal ponto.

            Achei muito interessante a forma como a Sara mudava o narrador do livro, ora um Jacob de 90 ou 93 anos estava sendo o narrador personagem, e ora um Jacob de 23 anos se tornava o novo narrador. Achei muito bacana. Ah! Tem outra coisa também! No primeiro capítulo é descrito uma coisa que eu achei fantástica e que descreve a vida de uma maneira bem simplificada e coesa, foi uma das coisas mais “belas” que já li, e tenho certeza que vocês concordarão comigo.

Confesso que achei a história meio tediosa vez ou outra, mas nunca perdendo o fio da meada, só achei que demorou um pouquinho para mostrar Rosie. Porém, quando ela entra na história - ao menos foi assim pra mim - me decepcionei um pouco, achei que a história seria mais focada na relação Jacob-Rosie. Entretanto, a relação entre esses dois vai acontecendo com o decorrer da história, e eles vão criando laços cada vez mais fortes, o que me fez superar tal decepção, hehe.

            Foi bem curiosa a forma na qual foi retratado o romance entre Marlena e Jacob: foi algo lento, envolvente e um tanto carismático. A situação em que se encontravam era muito delicada, pensem bem: August era bipolar, Marlena já não o amava como antes, e o pior, estava se apaixonando por Jacob! Pois bem, tente imaginar um homem mentalmente instável descobrindo que sua mulher está desejando outro. É, complicado.

A forma como a história vai se concluindo é um tanto surpreendente – garanto que realmente será surpreendente – e o final me agradou bastante.

Minha nota para este livro, é um 8. O motivo já foi mencionado, quando relatei alguns defeitos do livro. Não desanimem de ler só por conta disto, tenha certeza que valerá a pena ler tudo e descobrir como fora fantástica a vida de Jacob Jankowski.
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