Por: Léo Lima
Olá
leitores do Literama! Continuando o especial de Halloween e conforme foi
prometido, aqui vai a 2ª parte da resenha do livro “Sete Ossos e uma Maldição”. A 1ª parte foi publicada mais cedo, você pode lê-la clicando aqui.
Em sequência, têm-se o sexto
conto, chamado “Sete ossos e uma maldição”. Clara estava tendo pesadelos, onde
sonhava com uma mulher sussurrando “Meus ossos” e isso a estava assustando
muito. Sua família era espírita, e ela logo pediu ajuda a seus pais e sua tia.
Na sessão espírita, uma velha incorporou sua tia e ordenou a destruição do
quarto para que a casa pudesse ser purificada.
Clara ganhara um quarto novo,
e uma coleção de seis bonecas. Quando foi arrumá-las, notou que havia mais uma
caixa, e nela havia mais uma boneca, maior e mais bonita que todas as outras.
Decidiu chamá-la de Muriel. Depois disso, seus pesadelos cessaram, mas ela
sempre acordava durante a noite ouvindo o som de uma gargalhada de mulher, e
pela manhã, uma de suas bonecas sempre aparecia maltratada.
Ela novamente recorre a seus
pais, e o conto vai se direcionando para o fim quando uma mulher com sotaque
espanhol incorpora sua tia e alega que Clara está possuída.
O sétimo conto é “O fruto da
figueira velha”. Denise é uma recém-casada que estava à procura de um imóvel, e
quando descobriu que uma casa enorme, com um grande terreno estava à venda por
um preço baixíssimo, não pensou duas vezes ao comprá-la com seu marido. O
motivo do baixo preço seria o fato de a casa ser mal assombrada, mas, segundo
Denise, não tinha nada que 10 baldes de tinta não resolvam.
Um ano se passa, e a casa
está irreconhecível e esbelta, a única coisa que ela manteve foi a grande
figueira. Na primeira noite, ela fez um jantar em seu jardim e quando foram
comer a sobremesa, não conseguiram o comer o pudim de tão ruim que estava –
nenhum dos dois sabia cozinhar -, então Denise notou que a figueira estava
cheia de frutos, alegando que seria a sobremesa perfeita, ela pega um figo e o
divide com o marido.
Após este dia, coisas começam
a acontecer e Denise passa a começar a acreditar no sobrenatural. É chegado um
momento em que ela deve fazer uma terrível escolha e, desta forma, o conto vai
se encaminhando para o fim.
“A procissão” é o título do
oitavo conto. Ele se inicia mostrando um grupo de quatro amigos – Marita, Tomé,
Carlos e Adriano – que estavam andando numa rua deserta, até que Adriano olha
ao longe uma procissão de mulheres passando. Elas andavam lentamente e tinha um
véu negro sobre suas cabeças. Algo maligno emanava dali. Questionando os amigos
ele se dá conta que apenas ele está vendo àquilo.
O que mais o estranhou foi
ter visto Marita junto com sua mãe e vó no meio da procissão, mas não conseguiu
contar isso a ela. Assim, ele fica intrigado e vai à casa de Marita por
respostas, já que a sua vó vem de um lugar onde bruxaria é algo comum, e quando
descobre a verdade sobre a família, já é tarde demais.
O penúltimo conto chama-se
“Morte na estrada” e relata sobre uma família que sofreu uma experiência um
tanto estranha. Ela consiste no seguinte: Uma mulher aparece na estrada pedindo
socorro, alegando que sofreu um acidente e que seus três filhos estão dentro do
carro, ainda vivos. Quando a família chega ao local, de fato há três crianças
vivas, porém a mulher que pedira ajuda está ao volante, morta.
Três anos se passam, e Tico
deixa de ter pesadelos sobre o que aconteceu, mas quando ele encontra Dolores
perto de sua casa, tudo muda e ele caminha em direção a uma armadilha.
O último conto, por sua vez,
é “O elevador”. Nele mostra pai e filho indo se mudar para um prédio vagabundo
que cheirava muito mal. Como se isso não bastasse, havia um elevador que rangia
muito quando era utilizado. Quando ele foi dormir, começou a ouvir muito
barulho, vindo do elevador.
Ele passa a ficar intrigado e
decide investigar a situação. À medida que ele prossegue sua investigação, ele
descobre coisas que o fazia se arrepender de ter começado tudo isso.
CRÍTICA:
Esses últimos cinco contos eu
admito que não gostei muito, os finais ou ficaram muito vagos ou ficavam meio:
WTF? Bom, cada um com seu gosto,
irei fazer uma breve crítica destes últimos contos – again -.
Conto 6 – Sete
ossos e uma maldição
Cria-se muita expectativa por
este conto, já que é o título do livro, mas admito que o final deste ficou
bastante vago. Não sei se me faltou imaginação ou capacidade de dedução, mas
achei que poderia ter sido mais especificado certas coisas, para que o final
ficasse mais coerente. Gostei bastante do enredo e até fiquei com um pouco de
medo enquanto estava lendo, se o desfecho tivesse sido melhor, seria o melhor
conto do livro, sem dúvida.
Conto 7 – O
fruto da figueira velha
Tanto a história quanto o
desfecho deste conto são excepcionais. Eu só não gostei muito da “força
maligna” do conto, ficou muito fantasioso. Mas fora isto, eu adorei a forma que
Denise negligenciava o sobrenatural, pois é uma coisa que muito adulto faz, por
isso achei bastante realista.
Conto 8 – A
procissão
Acho que esse foi o conto que
mais me deu medo. Foi muito sinistro a aparição que Adriano teve, e mostrando
ainda sua amiga com mãe e vó, te faz imaginar o que seria tudo aquilo, uma vez
que as três estavam vivas. Quando ele começa a descobrir a verdade sobre a
família dela, o conto vai se concluindo, eu só achei que o final ficou sem
fundamento, mais uma vez me pergunto: será que minha capacidade dedutiva está
falhando ou o final deixou a desejar?
Conto 9 – Morte
na Estrada
Esse conto me deixou bastante
confuso. Uma lenda urbana pairava pela cidade e todos tinham conhecimento dela,
mas quando a exata situação passa a ocorrer com a família de Tico eles
simplesmente não relacionam a situação com a lenda e seguem o mesmo roteiro
esperado. Isso não teve lógica. E o final, quando Dolores manda ele segui-la,
ele simplesmente obedece! Quem diabos seguiria uma menina até os limites da
cidade por pura curiosidade?
Conto 10 –
O elevador
Esse conto foi bem
estruturado, mas eu esperava mais do final. Gostei muito do enredo, das
situações em que ele se meteu para desvendar o mistério, mas eu esperava algo
mais trágico. Fora isto, achei bastante legal a situação que foi mostrada, faz
o leitor ficar imaginando o porquê das coisas, se vocês pararem pra pensar – da
mesma forma que eu fiz -, conseguirão compreender o que realmente causou tudo.
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