quarta-feira, 23 de abril de 2014

Luz, câmera, indústria! Amor de cinema

Por que algumas pessoas gostariam de viver um amor de cinema? Você acha que é uma dessas pessoas?


Você já assistiu a algum filme de romance Hollywoodiano? Provavelmente sim! Então você deve estar cansado de saber que esses filmes sempre vêm com aqueles casais românticos que vivem um amor mega intenso e mágico, tipo Disney. Nos filmes os casais têm direito a um inverno incrível que já vem incluso no pacote o chocolate quente, e a um verão mais incrível ainda com aquele corpo malhado com um bronzeado de fazer inveja. Enfim! Não importa onde o casal esteja e qual situação esteja passando, os pombinhos conseguirão arrumar um jeito de se amarem intensamente, e de viver aquela paixão como se o mundo fosse acabar amanhã.

Exagerei? Bom, o cinema é ficcional não é? Para despertar o interesse do público e inclusive influenciá-lo, os produtores de cinema precisam chamar a atenção com belas imagens, além de mostrar aquilo que a maioria gostaria de ver, mesmo que para isso precisem exagerar um muitíssimo ali e aqui. Abusar da imaginação é mais do que permitido e às vezes até é obrigatório, afinal o cinema é o lugar onde a fantasia se torna realidade. 


Placa da cidade de Hollywood em Los Angeles
Apesar de o cinema ser arte, não é utilizado para levar as pessoas ao conhecimento, até porque conhecer levanta questionamentos, rompe paradigmas e necessita de novas respostas, e o capitalismo não quer uma sociedade questionadora. O intuito não é formar pessoas detentoras de um pensamento crítico e reflexivo, mas transformar o sujeito consumidor em objeto do consumo. Intencionalmente, o cinema é usado para influenciar as pessoas a se tornarem amplamente consumistas, seguirem tendências e ideologias capitalistas e elitistas. Além de arte, também é um meio de comunicação de massa e por isso objeto da indústria que o usa a seu favor para criar nas pessoas a “necessidade de consumir”.

A indústria cultural se faz presente no cinema, mas podemos dizer que ele é a própria indústria pelo fato de disseminar cultura em grandes escalas (cultura de massas = efeito colateral), passando a ser uma pseudoarte por descaracterizar-se de sua verdadeira essência e virar mercadoria. Capitalizar a arte seria o nome, mas agradeça a filosofia capitalista por isso! Até porque fazer filme custa caro, e precisa render algo para o crescimento da sociedade capitalista que tratará de divulgar o filme, não é mesmo?

“Segundo Adorno e Horkheimer a indústria cultura consiste em “moldar” toda a produção artística e cultural, de modo que elas assumam os padrões comerciais e que possam ser facilmente reproduzidas”.

Os produtores dos meios de comunicação de massa (cinema, rádio, televisão etc.) são responsáveis por inserir mesmo que subliminarmente nas cabeças dos espectadores a idealização e a busca do amor incrível, do corpo perfeito, da pessoa ideal e da família modelo. Existem outros anseios e buscas influenciados pela comunicação de massa, mas esses que citei devem ser os mais comuns.

Pessoas assistindo a versão 3D de Titanic em Taiwan
no centenário do naufrágio.
Lembre-se meu caro! O cinema na maioria das vezes é feito de exageros. Engraçado é que esses hábitos de encontrar o cara perfeito, “a mulher dos meus sonhos” e um amor incrível, encontram-se principalmente inseridos nos desenhos, filmes e séries que são produzidos para o público infantil e juvenil. Pasmem! O principal alvo da indústria são as crianças e os adolescentes, por serem mais fáceis de ser manipular. O intuito é que as crianças já cresçam alienadas. Então se você encontrar meninas na fase da pré-adolescência tendo a ilusão de que seu primeiro amor será incrível como nas séries adolescentes americanas, diga-lhes: sabe de nada inocente!

Qualquer pessoa com um pingo de bom senso saberá que os relacionamentos, ou melhor, a vida não é fácil e editável como na produção de filmes que na posse de algumas ferramentas podemos cortar aquela parte chata e indesejável.

Espero que tenham gostado, até mais! 
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4 comentários:

  1. Eu não partilho desse romantismo hollywoodano, meus ideais de "alguém" não seguem muito essa linha do perfeitinho rs. Quanto a você dizer que cinema não produz conhecimento, acho que é generalizar, reduzindo, mesmo que ainda generalizando, posso dizer que não se produz conhecimento em Hollywood.

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    1. Obrigado pela participação Raquel! Desculpe se me expressei mal, mas o que penso é justamente o que você diz: "não se produz conhecimento em Hollywood". Creio que o cinema traz conhecimento e por isso gosto tanto de assistir filmes.

      Os filmes que são produzidos em Hollywood, em sua maioria, não produzem conhecimento que se diga enriquecedor (o que é um mero ponto de vista, já que o enriquecedor de um pode não ser o de outro), mas existem as minorias (que são ótimos filmes com histórias fantásticas) que geralmente são filmes de baixo orçamento. É sempre bom que a gente lembre que a indústria do cinema tenta persuadir o público a consumir!

      Abração!

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  2. Gosto dos filmes Hollywoodianos e os Amores também kkkkk <3
    Visitem meu blog--> http://tudodebomp.blogspot.com.br/

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