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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Resenha cinematográfica: Noé

Noé (em inglês Noah) é um filme épico que está em cartaz nos vários cinemas do mundo. É baseado na história bíblica da Arca de Noé. 

O filme conta a história de Noé (Russell Crowe) que vive com sua esposa Naameh (Jennifer Connelly) e seus três filhos em uma terra desolada, e aparentemente sem esperanças de vida. Noé passou a receber mensagens do criador em forma de visões avisando-o que deveria ir ao encontro de Matusalém. Durante o percurso, Noé acaba salvando a vida de Isla (Emma Watson) que possui um ferimento grave na barriga. Quando encontra Matusalém, Noé descobre que tem a missão de construir uma arca que abrigará os animais durante o dilúvio que está por vir.

Ao começar do filme, o espectador se depara com uma terra sem fauna e flora, apenas poeira e terra que se estendem por milhares de quilômetros. A impressão que se tem é de uma terra de brasas quentes. As pessoas perseguem umas as outras e guerreiam entre si para conseguir água e alimentos para sobreviverem. Fica claro que a humanidade está se acabando e ao mesmo tempo aniquilando com o restante de vida existente no planeta.

Acho que além de contar a história bíblica nas telas de cinema, o intuito é levantar a discussão de qual posição o homem tem sobre o fim dos tempos. A fé e a crença em Deus de Noé são explícitas durante todo o filme. Diante dessa fé fanática, Noé, ao mandado do criador, constrói uma arca para que os animais se salvem ao mesmo tempo em que milhares de pessoas morrerão afogadas.

É perturbador ouvir os gritos e gemidos agonizantes daqueles que não foram contemplados a se salvarem. Essa atitude considerada egoísta levanta um questionamento sobre a possível dubiedade moral e ideológica de Noé na construção da arca. Durante o filme, a personagem passa por vários conflitos internos, mostrando que por mais que tenha sido salvo, é um humano como qualquer outro, nem mais, nem menos. Frase do filme: “O mal está em todos nós, sob os mais diversos aspectos”.

A imagem de mundo fantástico é de deixar qualquer um maravilhado. O filme é rico em efeitos especiais. Os guardiões gigantes de pedra que protegem Matusalém são pura fantasia. E a figura de um Deus punidor está inserida desde o começo do filme. Pura questão de mercado, e é como eu tinha falado em um post: a indústria do cinema precisa chamar a atenção do público.

Acho interessante a perspectiva que se passa quando dizem que a próxima intervenção divina não será por meio de água, mas por meio de fogo (isso deve estar na bíblia inclusive). Não interpretei no sentindo literal porque provavelmente não irão cair bolas de fogo do céu. O fogo retratado no filme é a guerra entre os homens, até porque o respeito ao próximo está em extinção.

Tenho essa desconfiança que os humanos ainda guerrearão (pode ser por comida, pode ser por petróleo ou qualquer outra coisa), e se acabarão por meio da guerra. É só lembrar quantas pessoas foram mortas na 1ª e na 2ª guerra. É um enxergar profético, mas é uma realidade vista na sociedade. Há quem se faça de cego diante da vida real e que prefira viver em um mundo de fantasias.

Uma ideia passada pelo filme é de que o fogo destrói e a água limpa, eu creio que seja verdade. A água é o maior exemplo de que se pode dicotomizar o puro do impuro. E por que não do bem e do mal? A discussão sobre servir a Deus e a culpa do próprio homem nas consequências de fazer o “mal” podem (e devem) ser levadas para a nossa realidade. 

Confira o trailer:

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